E quem diria que uma convivência praticamente ‘forçada’ terminaria assim?
Ainda posso lembrar: uma sala com uma parede verde, um mural de fotos em outra parede, um tapete e três meninas tentando fazer com que aquela situação parecesse a mais agradável possível. Aquele primeiro momento fora sim agradável, os demais, prazerosos. Sim, prazerosos. Assim se tornaram os dias depois que aquelas três descobriram que tinham bem mais em comum do que imaginavam. E em dias de convivência a parceria surgiu naturalmente. Meus problemas passaram a ser nossos, os problemas daquela passaram a ser nossos e os teus problemas também nos pertenciam. E assim, em meio a muitas alegrias, algumas tristezas, contas e bastante segredos surgia um trio perfeito. E eis que o trio, mais tarde, tornou-se um quarteto e mais tarde, um quinteto, com o acréscimo de mais duas amigas que só viriam para tornar a felicidade maior. Tu vieste para nos apoiar. Tudo nos era muito novo. E a gente surgiu para aquietar teu coração quando ele pedia a volta de duas anteriores que partiram pelo mesmo motivo que mais tarde partiríamos também. Foram 12 meses de pura felicidade, companheirismo, amparo, sábados de shopping, domingos de risotto e a descoberta de um ‘bolo feliz’, que assim se chamava devido ao único sentimento que habitava o ambiente. Único, não, erro meu, o amor dividia espaço com a felicidade. Mas como tudo que é bom um dia tem fim, o ano terminou e nós, por culpa do destino, tivemos que ir buscar longe nossos sonhos. A felicidade ainda existe sim, e dá as caras sempre que as lembranças de 2009 ressurgem também. O trio ainda permanece e que assim continue. Não deixemos nunca que 330 km nos separem. Porque do que adianta sermos separadas fisicamente se esse não é o desejo dos nossos corações ?